Prefeitura de Presidente Figueiredo realiza campanha Janeiro Roxo de prevenção e controle da hanseníase
Por Redação |
Foto: Divulgação Prefeitura de Presidente Figueiredo |
A prefeitura de Presidente Figueiredo, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Sems), está realizando desde o inicio deste mês a campanha Janeiro Roxo, que busca a prevenção e o controle da hanseníase. Apesar do número reduzido de casos registrados no município – no ano passado foi registrado apenas um caso da doença – todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS), da sede e zona rural, estão aptas a acompanhar os pacientes durante o tratamento e, durante o período da campanha, estão reforçando o diálogo com a comunidade para a população esteja atenta aos sintomas e busque atendimento de imediato.
De acordo com a enfermeira Maria Divina da Silva Rodrigues, da UBS Francisco Xavier, área central de Presidente Figueiredo, atualmente apenas um paciente faz tratamento de hanseníase no município e outros dois, fazem acompanhamento de sequelas. O paciente em tratamento é m homem, que se mudou de Lábrea para Presidente Figueiredo, e que iniciou o tratamento, em abril de 2022.
“Iniciando o tratamento, e com alta hospitalar, o paciente pode voltar a trabalhar e ficar apenas fazendo o acompanhamento na UBS, onde precisar vir todos os meses, para receber a medicação”, afirma Maria Divina.
A enfermeira explica que, embora o município tenha um dos menores índices de incidência da doença, as equipes da atenção básica de saúde, realizam campanhas de orientação sobre prevenção e diagnóstico precoce da doença e fazem a busca ativa dos faltosos, para que eles não interrompam o tratamento.
“Todas as nossas UBSs estão aptas a desenvolver o Tratamento Observado (TDO) e nossos agentes comunitários estão preparados para auxiliar tanto nas ações de conscientização e orientação da população, quanto na busca ativa por pacientes que não querem aderir ao tratamento”, explica.
Maria Divina destaca ainda que a hanseníase tratada corretamente tem cura, e que, embora apenas 5% das pessoas desenvolvam os sintomas, que podem levar até cinco anos para aparecer, é recomendável começar o tratamento, que é gratuito nas unidades de saúde, o quanto antes.
A coordenadora da atenção básica de saúde da Sems, enfermeira Etelvina Costa, destaca que por todo este mês, as unidades de saúde da rede municipal estarão desenvolvendo uma série de atividades da campanha no mês de janeiro, com ações educativas, palestras e distribuição de material informativo.
“A Sems vem fortalecendo a rede de saúde e estabelecendo estratégias para diagnosticar o maior número possível de casos de hanseníase de forma precoce, o que garante o tratamento em tempo oportuno, a interrupção da cadeia de transmissão e evita as sequelas graves da doença. No caso de menores de 15 anos, a preocupação é que os casos diagnosticados neste público indicam que há um adulto sem tratamento convivendo com a criança ou adolescente”, alerta Etelvina Costa.
Doença
A hanseníase é uma doença infecciosa crônica, causada pelo Mycobacterium leprae, também conhecido como bacilo de Hansen. A transmissão da doença ocorre quando uma pessoa doente, sem tratamento, elimina o bacilo por meio de secreções nasais, tosses ou espirros, transmitindo para pessoas sadias que convivem próximo e por tempo prolongado no mesmo ambiente. Por isso, os contatos dos pacientes, familiares e sociais, devem ser acompanhados nos serviços de saúde por um período de cinco anos para que, se houver a transmissão, a doença possa ser diagnosticada precocemente.
Apesar da alta capacidade de transmissão, poucas pessoas adoecem, já que a maioria da população possui defesa natural contra o bacilo. Os sintomas surgem na pele e nos nervos. Os sintomas neurológicos incluem: formigamento, dormência, sensação de agulhada ou alfinetada, queimação ou sensação de brasa, sensação de um frio doloroso e sensação de choque elétrico.