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Conheça a história de Glen Dinely, fotógrafo parintinense que passou pela transição de gênero

Por Carlos Alexandre |
Fotos: Arquivo Pessoal de Glen |

“Não são esses preconceitos que vão me fazer parar, mas as pessoas que acreditam na minha história me fazem continuar”, Glen Dinely

A afirmação acima  é do jovem fotógrafo e designer Glen Dinely, homem trans de 25 anos, que diariamente mantém uma intensa luta contra o preconceito e a transfobia, mas que conta com uma grande rede de apoio que começa em casa com os pais. É exatamente pelo apoio da família de origem evangélica que Glen supera qualquer comentário negativo que recebe seja na internet ou até mesmo na rua.

Ele conta que começou sua transição em 2020, tendo como primeiros passos a mudança de documentos, mudança do nome e confirmação de um dos primeiros casos, em Parintins, de registro de homem trans. No princípio, o apoio de amigos, familiares e das pessoas que conheciam sua trajetória sempre foi muito importante, entretanto, ao longo do processo os casos de transfobia começaram a surgir e o que mais lhe deixava triste era que ocorria dentro da bolha onde atuava.

“Vi a falta de consideração de muitas pessoas próximas que conhecem minha história, mas insistiam em me tratar pelo pronome feminino, mesmo sabendo de todo o processo de como funciona”, conta Dinely que continua. “Eu uso as redes para combater esse tipo de preconceito, para combater a transfobia. Então, esse é um dos pontos que mais me deixa chateado”, destaca.

“É uma luta diária de ter que orientar as pessoas. Não são esses preconceitos que vão me fazer parar. Mas, as pessoas que acreditam na minha história me fazem continuar”, pondera o artista visual.

Inspiração

Glen Dinely se tornou inspiração e referência para muitas pessoas que, até então, não tinham tido a coragem de enfrentar a sociedade e decretar sua liberdade.

“Depois que eu mudei o meu nome muita gente sentiu coragem para mudar e sentir bem com elas mesmas”, afirmou.

São essas pessoas que encorajam a ser quem ele quer ser, pois ele conta que muitas vezes tentou desistir, mas sua rede que conta com familiares e profissionais de uma ONG sediada em São Paulo contribuíram para que Glen não apenas acreditasse em si, mas que pudesse encorajar outras pessoas a vencer seus medos e a exigir o respeito que se deve ter com todos.

 

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