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Parintins: Uma viagem histórica pelas margens do Amazonas

Por: Erik Silva * |
Fotos: Divulgação |

No século XVII, a região conhecida como Estado do Grão-Pará e Maranhão estabeleceu ligações comerciais com Portugal e consolidou suas fronteiras. Nesse contexto, padres jesuítas embarcaram em aventuras pelo Rio Amazonas, explorando territórios ainda desconhecidos pela Companhia de Jesus.

Em 1660, os padres Manuel Pires e Manuel Souza descobriram uma ilha habitada por 495 índios. Contudo, cerca de um século depois, a região enfrentou epidemias de varíola e sarampo, agravadas pela expulsão dos jesuítas do Brasil. Parecia que Parintins estava destinada ao esquecimento.

No entanto, em 1796, um militar chamado José Pedro Cordovil chegou à região, trazendo esperança para a cidade. O local era habitado por diferentes grupos indígenas, incluindo os Tupinambá e outras tribos como Sapupé, Peruvima, Mundurucu, Mawe e Parintintins.

Em 1803, sob a liderança do Frei José da Chagas, foi estabelecida uma missão religiosa chamada Vila Nova da Rainha. Ao longo do tempo, essa missão se transformou, passando de Freguesia em 1833, com o nome de Nossa Senhora do Carmo de Tupinambárana, e mais tarde, em 1852, elevando-se à condição de Vila Bela de Imperatriz.

No Natal de 1880, a cidade mudou oficialmente de nome para Parintins, em homenagem aos índios Parintintins, que tinham vivido na região há muito tempo. Ao longo dos anos, houve mudanças administrativas, com a cidade sendo dividida em distritos como Parintins, Paraná do Ramos, Nhamundá e Xiburi em 1991.

Mais tarde, o distrito da Ilha das Cotias foi criado, mas, em 1950, tornou-se parte de outra cidade. Hoje, Parintins é composta por agrovilas de Mocambo e Cabury, um lembrete vivo de uma história resiliente e em constante evolução.

 

*Do Projeto Jovens Comunicadores de Parintins.

 

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