Começa a perfuração do segundo poço do Prosai Parintins
Por Redação |
Fotos: Tiago Corrêa/UGPE |
A Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE) do Governo do Amazonas deu início à perfuração do segundo poço tubular de 200 metros de profundidade do Programa de Saneamento Integrado (Prosai) de Parintins. As obras, nesta primeira etapa do programa, são para resolver o problema de água contaminada por metais pesados, no município.
Com investimentos de R$ 53,7 milhões em obras de saneamento básico, o programa vai garantir o abastecimento de água de qualidade para 100% da população urbana do município e rede de esgoto para atender a todos os moradores dos bairros alcançados pelo programa.
O projeto inclui, na fase inicial, a perfuração de cinco poços profundos, a recuperação de um poço e a expansão da rede de água em bairros como Paulo Corrêa e Itaúna 2. As obras vão contemplar, ainda, a construção de 34 quilômetros de redes de distribuição, além da construção de quatro Centros de Reservação e Distribuição (CRD).
De acordo com o geólogo Lucas Fernandes, responsável técnico ambiental do Prosai Parintins, a expectativa é que o segundo poço seja finalizado nos próximos dias. Conforme a UGPE, os poços construídos pelo Prosai Parintins terão entre 180 a 200 metros de profundidade, o dobro dos atuais, que têm entre 60 e 110 metros. A previsão é que a primeira etapa da obra seja entregue em fevereiro de 2025.
Licenciamento ambiental
Os poços do Prosai têm licenciamento ambiental emitido pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM), cumprindo as exigências legais.
No Prosai Parintins há um cuidado especial com a definição dos filtros a serem instalados, devido à contaminação presente nos poços atuais, mais rasos, que possuem nitrato de alumínio e outros contaminantes.
Para evitar essa contaminação, os filtros são instalados abaixo de 120 metros, uma profundidade maior que a dos poços anteriores. Isso permite captar água de maior qualidade, de aquíferos mais profundos. Além disso, é feito um selo sanitário de 120 metros para evitar que a água superficial contaminada infiltre no poço.
Após essas etapas, o poço é revestido com tubulação geomecânica e instalados os filtros e pré-filtros para garantir que a água captada seja limpa. O selo sanitário é finalizado, e uma laje de proteção é construída ao redor do poço, com um tubo de isolamento para reforçar a barreira contra contaminação.
Com o poço finalizado, uma bomba submersa é instalada para captar a água, que será direcionada aos reservatórios construídos nos CRDs.