Conheça a história de duas empreendedoras de Autazes e os desafios da atividade
Por Sara Souza |
Fotos: Sara Souza |
Que a desigualdade de oportunidades afeta mais as mulheres do que os homens não é novidade. Após o início da pandemia em 2020, as condições de trabalho e renda ficaram ainda piores para o público feminino – de diferentes formas e independentemente da região. Segundo dados Sebrae e da Global Entrepreneurship Monitor 2020 (GEM), dos 52 milhões de empreendedores no Brasil, 30 milhões (48%) são empreendedoras mulheres – colocando o Brasil em sétimo lugar no ranking mundial de países com maior número de mulheres empreendedoras.
E em Autazes a realidade não é diferente. Na cidade, é possível encontrar vários pontos comerciais como lojas de roupas, supermercados entre outros serviços que foram iniciados por mulheres como no caso de Rosilane Mesquita, de 31 anos. Proprietária da loja de roupas e variedades Rosi Modas, ela viu a oportunidade de ser a dona do próprio negócio e encarou este desafio. Com o desejo de ter um local para gerar renda e mostrar sua veia empreendedora, a proprietária da loja tem conseguido se estabelecer no mercado e conquistar sua clientela com produtos de bom preço e qualidade.
Rosilane garante que nem sempre é fácil, inclusive, quando iniciou este projeto, teve aquele nervosismo inicial de pensar como ele seria recebido pelas pessoas. “Medo e frio na barriga, mas agora os clientes foram fidelizando e até hoje estou aqui” disse a empreendedora, que com esforço e dedicação tem conseguido ajudar a sua família.
Outra moradora de Autazes que também mostrou que para empreender é preciso ter vontade e muita coragem, é Nilza Lima, 49, que está sempre procurando tendências para investir seu tempo e dedicação. Nilza, que atualmente atua com revenda de produtos de saúde e bem estar de uma empresa nacional e com empréstimos, já empreendeu em vários nichos como lingeries, semijoias, gráfica etc.
Mesmo com a pandemia, Nilza Lima encontrou possibilidades para conseguir uma renda extra. “A pandemia foi difícil, tivemos que fechar as coisas. Mas sabe qual a forma que eu encontrei de ter um ganho na pandemia? Com máscaras. Eu mesma fazia e chegava a ganhar R$ 120 por dia com isso” comentou ela.
Para ela, oferecer serviços de qualidade vai além de ter um ganho mensal, é importante estar atento às oportunidades e realmente ser útil às pessoas. “Para ser empreendedor precisa ter uma visão de águia. Buscar o diferencial. As pessoas buscam algo novo. Eu gosto de vender e ajudar as pessoas através de produtos úteis e o que eles podem fazer por elas” concluiu a empreendedora, que assim como Rosilane, também colabora com o que ganha para manutenção da casa e sustento familiar junto aos seus esposos.