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Pontes que desabaram na BR-319 comprometem abastecimento de moradores da região

Por Redação |
Foto: Divulgação Associação de Amigos e Defensores da BR-319 |

Após o desabamento da ponte sobre o Rio Curuçá, localizado no km 23 da BR-319, o Amazonas voltou a registrar o desabamento de outra ponte, dessa vez, sobre o Rio Autaz Mirim, cerca de dois quilômetros depois. Com os dois trechos interditados, moradores da região começam a sentir os efeitos do isolamento, através do desabastecimento de produtos, alimentos e combustíveis.  

Além da falta de insumos básicos, os ribeirinhos enfrentam dificuldades para chegar aos municípios afetados pelo desabamento das pontes. Principal elo de ligação terrestre entre o Amazonas e o Estado de Rondônia, a BR-319 é caminho para cidades como Careiro Castanho, Manaquiri, Lábrea e Autazes, todas no Amazonas. Como a rodovia possui vários rios ao longo dos seus mais de 800 quilômetros de extensão, as pontes acabam ligando a BR-319 em diferentes pontos dentro da floresta amazônica.  

Para tentar amenizar os impactos causados pela interdição das duas pontes e seguir acompanhando a situação, o Governo do Amazonas montou na região, um Comitê de Resposta Rápida, composto por agentes do Corpo de Bombeiros, Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Militar e Defesa Civil. 

Em comunicado divulgado nas redes sociais, o governador do Amazonas, Wilson Lima, afirmou que manteve contato com o ministro da infraestrutura, Marcelo Sampaio, e que segue acompanhando a situação nas pontes sobre os rios Curuçá e Autaz Mirim.  

O governador disse, ainda, que uma equipe do Governo Federal está na região onde ocorreram os desabamentos para avaliar como resolver o acesso na área. Por fim, informou que “Mais uma vez, o Estado (do Amazonas) está disposição do DNIT para ajudar no que for preciso”. 

Os desafios da travessia 

Impossibilitados de atravessar o Amazonas por via terrestre, caminhoneiros e outros motoristas buscam o transporte de balsas como alternativa. Já os moradores da região, tem feito a travessia canoas.  

Porém, devido ao período conhecido como Verão Amazônico, quando os rios da Amazônia secam, a travessia via fluvial agrava o problema, pois prejudica a navegação em alguns trechos e apresenta riscos de colisões em bancos de areia que podem causar naufrágios.  

Além disso, o custo para fazer a travessia pela BR-319, é muito maior se comparado ao custo via transportes terrestres. Em um levantamento do Portal No Ar em parceria com o portal Pawe News, até o momento, os valores para atravessar a BR-319 são os seguintes:  

– Travessia via Balça da Ceasa (Manaus) – R$ 13,00 

– Travessia do porto do Careiro da Várzea até a ponte sobre o rio Curuçá – R$ 10,00  

Obs: Nesse trecho, a Defesa Civil dispõe de 4 lanchas com capacidade de até 15 pessoas para realizar a travessia de forma gratuita. 

– Após essa travessia, são cobrados mais R$ 5,00 para o transporte via terrestre por aproximadamente 2km até o trecho da ponte do rio Autaz Mirim. 

– Travessia sobre o rio Autaz Mirim – R$ 10,00 

Com relação a travessia para as várias comunidades ribeirinhas da região, existem rabetas (embarcações motorizadas de pequeno porte) que realizam esse transporte. Dependendo de qual comunidade queira chegar, o valor da travessia pode chegar a custar até R$ 20. 

O outro lado dessa história é que, muitos ribeirinhos estão ganhando uma renda extra fazendo as travessias tanto de moradores das comunidades quanto de turistas que praticam a pesca esportiva. 

 

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