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Novo reajuste de combustível afeta operações das transportadoras fluviais do AM e abastecimento no interior

Por Redação|
Foto: Divulgação|

O mais recente aumento no preço dos combustíveis decretado pelo Governo Federal no último final de semana já afetou diretamente os custos do transporte de alimentos e produtos para os municípios do interior do Amazonas, e logo ser sentido no bolso da população que reside fora da capital.

De acordo com dados do Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial do Amazonas (Sindarma), com o novo reajuste, o Óleo Diesel Marítimo (ODM), utilizado pelas embarcações e balsas que abastecem o interior, passou de R$ 6,15 / litro na tarde de sexta-feira (17), para R$ 7 na manhã desta segunda-feira (20).

Ainda segundo o sindicato, que tem entre seus filiados as maiores empresas do setor no estado, o ODM representa 40% da planilha de custos do valor do frete.

“Foi um aumento de quase R$ 1 em 48 horas, que compromete as operações e o abastecimento para o interior de produtos essenciais como alimentos e combustíveis, e afeta toda a cadeia logística até chegar ao consumidor final”, afirmou o vice-presidente do Sindarma, Madson Nóbrega.

Verão
Ainda segundo Nóbrega, o impacto dos constantes aumentos no preço do ODM, que segundo o Sindarma já acumula mais de 40% apenas em 2022, será maior no bolso das empresas e da população com a chegada do verão amazônico.

Por determinação da Capitânia dos Portos, neste período do ano as transportadoras só podem navegar durante o dia para evitar acidentes em bancos de areia e pedras que surgem com a descida das águas dos rios. Desta forma, uma viagem entre Manaus e Porto Velho (RO), por exemplo, que é feita, em média, em cinco dias, passa a durar até duas semanas.

“E ainda tem a própria dinâmica dos rios. Quando estão cheios, é possível navegar em linha reta, mas na vazante os barcos tem que fazer ‘zigue-zague’ pelos canais para evitar acidentes. Ou seja, a viagem fica mais longa ainda e exige mais combustível, mais gastos com salários e suporte para a tripulação e com manutenção do barco, tornando os custos operacionais muito maiores”, destacou Madson Nóbrega.

O vice-presidente do Sindarma acrescenta ainda, que a constante presença de piratas do rio e a ação irregular de garimpeiros em várias bacias fluviais do estado são outros fatores que ameaçam as atividades das transportadoras e encarecem o valor dos fretes para o interior, uma vez que também aumentam os gastos com escoltas e sistemas de segurança para garantir a integridade da tripulação e dos produtos.

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