Apreensões de madeira ilegal só aumentam em Rondônia
Por Roni Viana |
Foto: Divulgação PRF |
As apreensões de madeira aumentam na BR-364, que corta o Estado de Rondônia de Norte a Sul e evidenciam que, mesmo com as proibições de transporte de madeira sem documento de origem, os infratores acham que compensa o risco. A maior parte das apreensões é feita pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e no Posto de Ji-Paraná, cidade localizada no centro do Estado, já não há espaço no pátio para tantas apreensões.
Legalmente, para circular em Rondônia a madeira deve ter documento comprobatório de sua origem, a exemplo das essências retiradas da Floresta Nacional do Jamari, na região de Ariquemes, cidade distante 200 quilômetros da Capital Porto Velho.
Em razão das apreensões e da falta de destinação das madeiras apreendidas, o Juizado Especial, que tem como responsável o juiz Maximiliano Deitos, por vezes destina parte da madeira a instituições que precisem do material para obras de engenharia ou outro fim. Há até mesmo a possibilidade de que essa madeira seja comercializada e os valores obtidos revertidos em prol dessas instituições.
Diferente da iniciativa do Juizado Especial, os transportadores dificilmente buscam meios para resgatar a madeira, visto que os valores das multas ultrapassam os valores comerciais do que foi apreendido.
Além do transporte sem documentação, os policiais rodoviários informam que outro método utilizado pelos infratores é transportar mais madeira que o declarado nos documentos de transporte. Já acostumados com isso, os policiais verificam cargas aleatoriamente, como forma de localizar o que está sendo transportado a mais. Contudo, não é possível fazer isso com todas as cargas e, por vezes, cargas ilegais acabam passando pelo posto de fiscalização.
O transporte de essência florestal diferente da que está sendo declarada na documentação de transporte também gera apreensão, multa e até prisão, alertam os policiais, que mantém fiscalização constante em todo território de Rondônia.