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Conheça a trajetória da escaladora de Autazes que vem se destacando no cenário nacional

Por Bruce Andrade |
Foto: Divulgação |

Ser a mais hábil, a mais forte, a mais resistente e a mais flexível para alcançar o topo. Há mais ou menos uns 5 anos, esse tem sido o grande desafio da vida de Lia Azevedo, 27 anos. 

Natural de Autazes e bacharel em enfermagem, Lia aprendeu que além de ajudar a salvar vidas, suas mãos poderiam ser utilizadas para a prática de um esporte pouco conhecido no Brasil, mas que aos poucos, vem ganhando cada vez mais adeptos: a escalada.

“Meu primeiro contato com a escalada foi em outubro de 2017, já em Manaus, onde eu morava por conta da faculdade. Nessa época, não tinha ginásios de escalada na cidade. Somente em 2018, inaugurou o primeiro e único ginásio de Manaus, que atualmente se chama @cablocs. O PH Santos foi a primeira  pessoa que me mostrou e incentivou a prática da escalada e montanhismo”, relembrou.

Após ter superado a falta de um local para treinar, em seus primeiros passos como atleta de escalada, Lia ainda teve que se deparar com um novo obstáculo: a ausência de outras mulheres praticando a modalidade.

“Até 2020, na @cablocs sempre rolava alguns desafios e por não ter a quantidade de mulheres para formar a categoria, eu competia com os meninos e, mesmo assim, fui me destacando na escalada, onde costumava ficar em primeiro lugar ou em segundo lugar nas competições”, ressaltou. 

Um novo passo, uma nova conquista

Com o diploma em mãos depois de ter se formado em enfermagem em 2020, Lia estava pronta para novos desafios. No ano seguinte, por conta da escalada, resolveu assumir os riscos e se mudou para Curitiba, no Paraná, onde atualmente participa de inúmeras competições e vem se destacando no cenário nacional da modalidade.

Prova disso, é a medalha de prata conquistada no último dia 7 de agosto, no Festival Paranaense de Escalada Boulder, realizado no Apus Ginásio de Escalada, em Maringá/PR. A competição organizada pela Federação Paranaense de Escalada Esportiva (FEEP), foi realizada em formato de festival e reuniu atletas das categorias: Adulto Masculino e Feminino; Júnior Masculino e Feminino.

“Tenho participado de inúmeras competições, mas o principal motivo de eu escalar no ginásio é manter um bom condicionamento físico para que em breve, eu possa estar escalando ao ar livre, em rochas e montanhas”, ressaltou.

Sobre a Escalada Boulder

Inspirada na prática de montanhismo, a escalada é realizada em muros artificiais e só passou a ter competições oficiais a partir de 1980. O principal objetivo dos atletas escaladores é chegar ao topo, no menor tempo possível. De forma estratégica, escolher a melhor sequência para atingir o objetivo é fundamental no desafio.

Em uma via diferente a cada competição, que são chamadas de “boulders”, a modalidade é competida individualmente. Cada via ou “boulder”, só é concluída quando o escalador chega à última agarra chamada de “top”, Durante o percurso, também é importante que o competidor use agarras intermediárias, chamadas “zonas”, que contribuem para sua pontuação. Quanto mais tops e mais zonas, melhor a colocação.

Paris 2024

Após estrear nos Jogos Olímpicos de Tóquio em 2021, a escalada está confirmada na Olimpíada de Paris 2024. Com a inclusão do esporte em mais uma edição dos Jogos, o Comitê Olímpico Internacional (COI) pretende dar prosseguimento ao objetivo inicial da entidade: renovar seu portfólio e atrair o público mais jovem para engajar um dos maiores eventos esportivos do planeta.

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