Conheça Graciney Oliveira, artesã que se encontrou na profissão após anos longe do mercado de trabalho

Por Jasmim Viana|
Fotos: Arquivo pessoal |

Graciney Maria Castro de Oliveira Liborio, de 56 anos, é uma mulher batalhadora que superou desafios em sua vida para conseguir adentrar novamente ao mercado de trabalho, após 15 anos afastada. Natural de Itacoatiara, teve seu primeiro emprego aos 18 anos. Aos 22 anos, Graciney casou-se em 1989, se mudou para o município de São José dos Campos, no interior de São Paulo, com seu marido.

Após 3 anos morando em São Paulo, Graciney Castro decide retornar para Itacoatiara. “Quando eu retornei para a cidade, eu tive que ficar fora do mercado de trabalho para cuidar dos meus filhos e ajudar meu esposo em seu comércio. Eu fiquei mais de 15 anos me dedicando a casa como mãe e como esposa”.

Diante disso, ela não desiste de tentar adentrar novamente ao mercado de trabalho e decide focar nos estudos para realizar seu sonho. Ela prestou vestibular aos 40 anos e, com muito esforço, ela conseguiu entrar na Universidade Federal do Amazonas (Ufam) para realizar o curso de Administração, formando-se no ano de 2008. Anos depois, ela se especializou em Auditoria Contábil, em Manaus.

“Para mim este período foi um grande desafio, eu não sabia o que esperar de uma sala de aula de uma Universidade, pensei que não iria conseguir finalizar o curso por causa da minha idade. Era um universo totalmente diferente do qual eu estava acostumada, mas eu sempre fui uma mulher muito dedicada e consegui terminar a faculdade”. 

 Graciney Castro também é artesã, em sua município. Ela faz parte da associação de artesãos de Itacoatiara e afirma sentir orgulho de sua segunda profissão. 

“Eu acredito que a idade é só um marco na vida, mas se nós tivermos disposição, tivermos saúde física e mental nós seremos capazes de tudo o que nós quisermos, principalmente nós mulheres, que muita das vezes nos sentimos incapazes de realizar grandes feitos na vida por conta da idade, mas nós temos muito o que aprender, pois ainda é cedo para ser tarde”, finaliza dona Graciney.

*Do Projeto Jovens Comunicadores de Itacoatiara