Cultura e tradição: documentário exalta as raízes da toada do boi-bumbá de Parintins
Por Redação|
Fotos: Pedro Coelho|
Com o objetivo de exaltar as raízes da cultura parintinense, o documentário ‘De quintal à patrimônio cultural’ aborda os primórdios do boi-bumbá enquanto brincadeira de rua. O projeto é uma realização da Lei Paulo Gustavo, por meio do Governo Federal, com apoio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Parintins (Semcult).
Ícones dos bois Caprichoso e Garantido, o documentário conta com a participação dos mestres da toada de boi-bumbá. São eles: Rei Azevedo, Edson Azevedo, JP Galeto da Atabaque, Helton John, Silvio Camaleão, Maria Monteverde e Carlos Pato. A produção do documentário conta com Glaedson Azevedo e Irian Butel.
Fogueiras, cantorias e festejos. É dessa forma que os bois Caprichoso e Garantido saíam nas ruas de Parintins para fazer a alegria do povo. O percussionista Edson Azevedo, considerado um dos mestres da toada, relembra esse momento de magia e simplicidade na Ilha Tupinambarana.
“No início da brincadeira os quintais eram os palcos, iluminados por lamparinas onde os atores/brincantes se reuniam ao redor da fogueirada promessa para festejar e celebrar o cotidiano, a fé, o compadrio. Eram os terreiros de Dona Antônia do Roque (Cid), localizado à rua Sá Peixoto, nascedouro e área de domínio do Boi Bumbá Caprichoso e do Mestre Lindolfo Monteverde, localizado na Baixa do São José, nascedouro e morada do Boi Bumbá Garantido, que abrigaram os brincantes, fantasias e instrumentos, sendo o suporte mantenedor do fazer cultural da comunidade. Assim, os quintais foram currais, QGs (quartéis generais), locais de reunião, socialização até que os bois recebessem seus respectivos espaços institucionais”, disse.
Filho de Edson, Glaedson Azevedo, responsável pela produção e a identidade visual do projeto, ressaltou a importância do documentário em resgatar as memórias da cultura parintinense.
“O projeto se estrutura nas medidas que visam a salvaguarda da memória local tais como a identificação, a documentação, a investigação, a preservação, a proteção, a promoção, a valorização, a transmissão e revitalização deste patrimônio em seus diversos aspectos. A socialização dessas memórias nos traz o conhecimento das práticas sociais, artísticas, culturais do fazer e do viver a cultura dos bois de Parintins, alicerçadas na oralidade de sujeitos protagonistas da sua história local, elementos que compõe o complexo cultural pelo qual os Bois de Parintins foram reconhecidos como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro”, reitera.
O documentário ‘De quintal à patrimônio cultural’ está em fase final de produção e está previsto para estrear no mês de junho.
*Com informações da assessoria