
Em junho, 160 cadastros de produtores indígenas foram realizados para fortalecer economia em Ji-Paraná
Da Redação*
Fotos: Divulgação
Com o objetivo de fomentar a economia no município, foram realizados, em junho, 160 cadastros para produtores rurais indígenas das etnias Gavião (Ikólóéhj) e Arara (Karo Rap), na terra indígena Igarapé Lourdes, localizada em Ji-Paraná.
A ação faz parte de um programa estadual que pretende levar serviços fiscais a localidades distantes.
A formalização permite aos produtores indígenas venderem diretamente aos comércios, eliminando atravessadores (que exercem suas atividades colocando-se entre o produtor e o comerciante varejista; negociantes) e obtendo melhores preços.
Durante visita dos servidores da Secretaria de Estado de Finanças (Sefin), no início do mês, organizada pela Associação Indígena Zavidjaj Djiguhr (Assiza) com a intermediação da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), foram realizadas palestras sobre direitos e deveres do produtor rural, ministradas com tradução para a língua local pela presidente da etnia Matilde Sebirop da Silva.
A formalização permite que os produtores emitam documentos fiscais e tenham acesso a benefícios tributários, integrando os produtores indígenas ao mercado formal.
Além do acesso a um conjunto de benefícios, como: a garantia da aposentadoria, acesso às linhas de crédito e financiamento, possibilidade de participação em compras públicas, fornecimento de produtos para a alimentação escolar nos municípios, e para outros programas que priorizam a aquisição de alimentos da agricultura familiar.
Esses benefícios asseguram maior segurança e prosperidade aos produtores, fortalecendo suas comunidades e contribuindo para o desenvolvimento sustentável da região.
Produtores indígenas
A terra indígena Igarapé Lourdes, localizada na Bacia do Igarapé Lourdes, a aproximadamente 100 km do centro de Ji-Paraná, abriga diversas aldeias que produzem alimentos como banana, abacaxi, abóbora, batata-doce, castanha do Brasil, limão, mamão, milho, entre outros.
Com a formalização, a produção dessas aldeias, que totaliza 125.600 quilos por ano, será direcionada ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), garantindo melhores condições de comercialização.
*Com informações da assessoria
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