Entre canções e grafismos: a missão de Laiz Satere na preservação cultural de seu povo

Por Keysiane Vitória* |
Foto: Keysiane Vitória |

Natual de Aldeia Menino Deus do Rio Urupadi, localizado no município de Maués, Laiz de Oliveira, de 33 anos, é conhecida artisticamente como Laiz Satere. Casada e mãe de três filhos, Laiz iniciou sua trajetória artística como cantora e compositora em 2020, quando foi convidada por amigos já envolvidos no cenário cultural. Ela se apaixonou pela música, descobrindo nela uma poderosa ferramenta para compartilhar sua rica cultura, cantando em sua língua Sateré-Mawé.

Paralelo a música, Laiz também se encantou com o grafismo indígena, arte que sempre esteve presente em seu sangue. Ao observar os traços tradicionais, ela rapidamente se destacou, criando pinturas corporais que carregam significados profundos para seu povo. Com dois anos de experiência, ela já se tornou uma referência nessa arte ancestral.

Além de sua carreira artística, Laiz desempenha um papel crucial como coordenadora territorial da Rede da Juventude Sateré-Mawé. Nesta função, ela inspira jovens indígenas de sua comunidade a valorizar e expressar suas identidades com orgulho, combatendo medos e preconceitos.

“Grafismo indígena é uma pintura corporal. Esses desenhos possuem significados muito importantes para cada povo”, explica Laiz, reforçando a importância de manter vivas as tradições e histórias de sua cultura”, ressaltou.

*Do projeto Jovens Comunicadores de Maués