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Feiras ao ar livre do Jorge Teixeira oferecem diversas opções de peixes amazônicos

Por: Louise Silva/Equipe No Ar|
Foto: Divulgação|

A região Amazônica possui vários rios que abrigam mais de 2 mil espécies variadas de peixes que habitam no nosso ecossistema há milhares de anos e que fazem parte da culinária amazonense. A gastronomia local tem raízes indígenas tendo  o peixe como base da alimentação e pratos temperados apenas com pimenta, sal e limão. 

Segundo Júnior Alves, 33, que trabalha vendendo peixe há 12 anos em feiras na Zona Leste da cidade como a do Mutirão e a localizada na Bola do Produtor, o peixe favorito do amazonense para o consumo é o jaraqui. “Um dos peixes mais vendidos e consumidos no Amazonas  sem dúvidas é o jaraqui. Em  segundo lugar vem o tambaqui, em terceiro vêm os outros peixes: pacu, curimatã, matrinxã, pirarucu, tucunaré, surubim, pescada. Quando tá na época do jaraqui até o açougueiro sofre, porque o peixe fica bom de qualquer jeito”, afirmou. 

E para você ficar por dentro dos peixes amazônicos mais consumidos, o No Ar Portal separou uma lista dos peixes mais procurados:

Jaraqui

Ele tem como principal característica as escamas com bordas lisas e nadadeiras com cores escuras e amarelo alaranjado que se intercalam. O jaraqui é um peixe saboroso, fácil de pescar e barato. Em alguns locais da região também é chamado de Sapuara, Yaraquí e Bocachico, cola de bandeira. 

É o peixe mais popular do Amazonas, tanto que ganhou o famoso ditado popular “quem come o jaraqui, não sai daqui”, e em 2019, a espécie foi reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial da cidade de Manaus, conforme a Lei n° 2.540.

Pode ser consumido frito, cozido, assado na brasa, escabeche, empanado e muitas outras formas. 

Curimatã

A curimatã tem coloração prata, com dentes pequenos e afiados. Pode ser encontrado na Amazônia e em outras partes do Brasil, como as bacias do Prata e do São Francisco. É uma espécie de peixe que se adapta com facilidade e sobrevive em ambientes com baixas concentrações de oxigênio. Conhecido popularmente como Grumatã, Curimba e Quebra-galho.

Pode ser consumido ao molho, recheado, frito, ensopado e também podem ser consumidas as ovas.

Matrinxã

Alimenta-se basicamente de frutos, sementes, insetos e outros invertebrados, são encontrados em lagos, rios e principalmente nas áreas de várzea. Tem corpo de coloração prateada, alongado, nadadeira da cauda escura e as restantes alaranjadas. É conhecido também como Jatuarana. 

Pode ser consumido recheado, recheado, assado e grelhado. 

Tambaqui

Um dos mais conhecidos pelo turistas que visitam o Amazonas, possui corpo alto e em forma de losango, lábios grossos e podendo atingir até 100 centímetros de comprimento e mais de 30 quilo. É o peixe das festas familiares por ter uma costela grande e gordurosa, comumente assada como churrasco. 

Pode ser consumido assado, em caldeirada, recheado, até em recheio de pizzas.

Tucunaré

Muito importante para a pesca esportiva na Amazônia, é conhecido pela imagem redonda na cauda e por ser um peixe ósseo, podendo medir entre 30cm a 1m. São animais sedentários que vivem em lagos, lagoas, reservatórios de águas lentas. 

Seu nome vem da junção de duas palavras do tupi “tucun” e “aré” que significa “semelhante ao tucum”, que é um tipo de palmeira com espinhos. Até o momento existem 15 espécies de tucunaré catalogadas, dentre elas, o tucunaré açu gigante que é a espécie mais conhecida. 

Pode ser consumido ensopado, frito e assado. 

Pirarucu

O rei dos rios da Amazônia leva esse título por ser o maior peixe de escama de água doce do mundo, podendo chegar a 3 metros de comprimento, com o peso de até 330 kg. Também é conhecido como o bacalhau da Amazônia, pois havia o hábito de salgar a carne do peixe para melhor armazenamento. Seu nome vem de duas palavras indígenas: pira “peixe” e urucum “vermelho”, devido a cor avermelhada da cauda. 

Consumido de diversas formas como: pirarucu à casaca, moqueca de pirarucu, recheado no forno, ao molho de camarão e como recheio em bolinhos fritos.

Piranha

Peixe carnívoro encontrado na Amazônia e em outros pontos da América do Sul, são pequenos de 15 cm a 25 cm, com o corpo comprimido, focinho curto, arredondado, com mandíbula saliente, com dentes afiados. A forma mais comum de consumo é o caldo de piranha. 

Período de defeso

Todos os peixes têm a época de reprodução deles conhecida como período do defeso ou piracema. É preciso respeitar para garantir a continuidade das espécies de peixes. Desrespeitar esse período pode trazer sérias consequências e desequilibrar o ecossistema do lugar, fazendo com que diversas espécies de peixes sejam extintas.

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