Vanessa Waltmann compartilha sua história com a educação de jovens e adultos, em Ji-Paraná

Por Juliana Oliveira | Foto: Arquivo pessoal

A professora Vanessa Waltmann Camargo, de 29 anos, é um exemplo de dedicação à educação em Ji-Paraná. Natural de Santa Luzia D’Oeste, ela vive na cidade desde 2018, quando foi convocada em um concurso público para atuar como cuidadora de pessoas com deficiência. Formada em Matemática e Pedagogia, ela é professora da rede estadual e encontrou sua vocação lecionando para turmas da Educação de Jovens e Adultos (EJA) no CEEJA Professora Tereza Mitsuko Tustumi.

Com uma trajetória marcada por experiências em diferentes áreas, a educadora descobriu sua verdadeira paixão na sala de aula. A certeza de que nasceu para ser professora veio com o tempo, reforçada por histórias transformadoras que viveu junto aos seus alunos. “Ser professora não aconteceu por acaso. Foi uma escolha consciente”, afirma ela, que hoje também leciona no sistema prisional, onde se diz profundamente tocada pelas histórias dos reeducandos.

Entre os desafios enfrentados na EJA, a profissional da educação destaca a evasão escolar, motivada pelas dificuldades que muitos alunos enfrentam para conciliar trabalho, estudos e responsabilidades familiares. Ainda assim, as conquistas dos estudantes são fonte constante de motivação. “Ver adultos que voltaram a estudar depois de anos alcançando seus objetivos é algo extraordinário. Isso mostra que nunca é tarde para recomeçar e sonhar de novo”, pontua. Suas aulas também ganham cor com experiências pessoais, como as viagens em família, que ela utiliza como ferramentas para ampliar o olhar crítico dos alunos sobre o mundo.

Casada há quase 11 anos e mãe de uma menina de 10, Vanessa Waltmann destaca a importância da rede de apoio para equilibrar a vida profissional e familiar. Ao lado do marido, que também atua na educação, ela mantém um diálogo constante sobre o ensino e reforça o poder transformador da escola. Para quem pensa em retomar os estudos, a professora deixa um conselho: “Experimente. Nunca é tarde. A educação reacende sonhos e mostra que somos sempre capazes de recomeçar”.

Do Projeto Jovens Comunicadores de Ji-Paraná