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Inês Alencar: 13 anos de dedicação à educação e ao desenvolvimento na Comunidade Tumbira, em Iranduba

Por Gisele Santos com colaboração de Zahyra Garrido*|
Foto: Arquivo Pessoal |

 

A bióloga Inês Alencar, de 41 anos, é um exemplo de dedicação na educação e na Amazônia. Natural de Manaus, ela se mudou para a comunidade Tumbira, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Negro, em Iranduba, há 13 anos, e desde então faz parte do cotidiano da região, ensinando e contribuindo com a formação de jovens na área rural.

Com uma trajetória de compromisso e desafio, Inês é professora concursada da rede estadual desde 2012, lecionando na Escola Estadual Thomas Eugene Lovejoy, uma instituição que adota a modalidade de ensino por mediação tecnológica.

Ao chegar na comunidade Tumbira, Inês se deparou com uma metodologia de ensino totalmente inovadora para ela. “Foi um grande desafio, pois nunca tinha visto esse modelo de ensino antes. Embora as aulas sejam ministradas por um professor que está em um estúdio distante, meu trabalho é garantir que os alunos recebam todo o suporte necessário dentro da sala de aula”.

Na Escola Estadual Thomas Eugene Lovejoy, os alunos assistem às aulas transmitidas em tempo real via satélite, por meio do ipTV, de um estúdio localizado no Centro de Mídias da Secretaria de Educação (Seduc). No entanto, mesmo com a presença do professor à distância, a assistência presencial da professora Inês e de outros colegas é essencial.

Apesar de ser um modelo diferente, Inês nunca considerou desistir. “Acredito que ser professor é uma missão, e essa missão não muda por causa da modalidade de ensino. O que importa é o impacto que podemos causar na vida dos alunos”.

O ensino em uma Comunidade Ribeirinha

Inês é filha de professores e sempre soube que sua trajetória profissional estaria ligada à educação. “Minha decisão de ser professora já estava clara desde cedo, e sabia que isso implicaria sair da minha zona de conforto em Manaus para atuar onde realmente há necessidade”.

Para ela ensinar em uma comunidade ribeirinha sempre foi uma escolha natural e acertada. “Venho de uma família que valoriza a educação, e sempre acreditei que posso contribuir plenamente onde mais se precisa: em uma comunidade ribeirinha”, ressalta.

“Trabalhar na Amazônia é encantador, mas para vivenciar toda essa beleza, é preciso estar de coração aberto para a missão”, destaca.

Para Inês um dos maiores desafios da região é o desconhecimento de muitos amazonenses sobre as riquezas naturais do estado. “Muitas pessoas que vivem no Amazonas sequer conhecem as belezas que estão ao seu redor. É triste ver amazonenses planejando viajar para outros lugares, mas pouco conhecendo sobre o próprio estado”.

Ela acredita que, para defender e proteger a Amazônia, é essencial que as pessoas a conheçam profundamente. “Só podemos proteger o que amamos e entendemos. Por isso, sempre que tiverem a oportunidade de conhecer melhor a nossa região, façam isso”, afirma.

Inês é uma defensora da educação em comunidades ribeirinhas e acredita que, ao proporcionar educação de qualidade e conectada com as necessidades locais, é possível transformar a realidade de muitas famílias. Com sua dedicação, ela segue contribuindo para o desenvolvimento da educação na Amazônia, acreditando que a formação de jovens conscientes e críticos é um passo fundamental para a preservação da cultura e do meio ambiente da região.

*Do Projeto Jovens Comunicadores de Iranduba

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