Aniversário de 61 anos; conheça a história do bairro Compensa

Foto: Reprodução/Manaus de Antigamente

Na década de 1960, com a criação da Zona Franca de Manaus, a cidade atraiu uma grande quantidade de migrantes do interior do Amazonas e de outros estados em busca de melhores condições de vida. Muitos desses migrantes estabeleceram-se em casas flutuantes sobre o Rio Negro, formando a chamada “Cidade Flutuante”.

Em 1964, o governo da época iniciou a remoção dessas habitações, oferecendo alternativas habitacionais que não supriram a demanda, levando parte da população a ocupar terrenos disponíveis na cidade. 

Uma dessas áreas ocupadas pertencia à família Borel, composta por aproximadamente 1,2 milhão de metros quadrados, adquiridos por Oscar Borel, um comerciante pernambucano, e sua esposa, Maria do Nascimento Galvão Borel, conhecida como “Viúva Borel”. Após o falecimento de Oscar em 1968, as terras começaram a ser invadidas por famílias sem moradia, resultando em um crescimento desordenado da região.

Após o falecimento de Oscar, Maria Borel tornou-se figura central na disputa e negociação das terras, principalmente com o avanço das ocupações irregulares e das ações do poder público. A Viúva Borel é lembrada, até hoje, como uma personagem forte, que lutou para manter a posse das terras da família.

Denominações 

Uma das curiosidades é que o bairro Compensa já teve duas diferentes denominações. A primeira chamada de Vila de Sapé – relativo ao tipo de palha que cobriam as casas. A segunda de Cidade das Palhas também devido ao estilo de cobertura das casas e por último,  o atual nome de Compensa, originado de uma antiga serraria que produzia lâminas de compensado.

Atualmente, a Compensa é um dos bairros mais populosos de Manaus, com cerca de 89.645 habitantes. O bairro é dividido em Compensa I, II e III, e abriga importantes instituições, como a sede da Prefeitura de Manaus e do Governo do Estado, além de unidades de saúde, escolas e centros comerciais.

Fontes: Manaus de Antigamente; A história do bairro Compensa: Invasão ou Necessidade, de Walney Freitas de Figueiredo; e Manaus na História.