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Cirurgia robótica apresenta resultados eficazes no tratamento do câncer de rim

Por Redação |
Foto: Divulgação |

Cerca de 80% dos nódulos renais sólidos são malignos e costumam crescer 1 centímetro ao ano, desenvolvimento considerado rápido e motivo pelo qual requerem uma retirada cirúrgica rápida, sob risco de geração de metástase (disseminação da doença para outras partes do corpo). Entre as opções terapêuticas para esse tipo de câncer, está a nefrectomia robótica parcial, modalidade que utiliza um robô guiado por cirurgião urologista, e que tem como principal vantagem, a remoção da massa tumoral com a preservação do órgão afetado, explica o presidente da seccional amazonense da Sociedade Brasileira de Urologia, Dr. Giuseppe Figliuolo. Ele também destaca que a metodologia garante rápida recuperação, maior precisão na abordagem cirúrgica e menos dor no pós-operatório.

Doutor em saúde coletiva, o cirurgião urologista da Urocentro Manaus explica que os nódulos renais ocorrem com a multiplicação celular desordenada e são mais frequentes em homens, especialmente os que têm entre 50 e 70 anos de idade. Conforme o especialista, a cirurgia assistida por robô tem sido amplamente divulgada e tem ganhado a adesão de pacientes em diversas áreas. “No que diz respeito à urologia, esse tipo de abordagem tem sido direcionada para o tratamento de tumores renais, de próstata, entre outros”, destaca.

O especialista especializado em uro-oncologia destaca que, na maioria dos casos, os tumores renais não costumam apresentar sintomas significativos na fase inicial. Mas, quando chegam a um tamanho razoável, podem causar danos internos, dores nas costas, sangramento na urina, perda de peso, crescimento do volume abdominal e, em algumas situações, dificuldade no esvaziamento da bexiga em função da pressão causada pelo tumor no órgão. “Os nódulos sólidos renais devem ser extirpados assim que detectados, por conta da altíssima chance de malignidade”, frisou.

Ainda de acordo com ele, os sintomas associados à doença podem resultar em problemas secundários, como o isolamento do paciente do convívio social e a interrupção de suas atividades cotidianas.

Segundo Figliuolo, por permitir movimentos mais precisos, através de braços robóticos e pinças altamente sensíveis, a nefrectomia robótica parcial acaba sendo uma opção viável em qualquer idade. “As incisões para a realização do procedimento também são mínimas, evitando maiores danos aos tecidos próximos à lesão. Por isso, o sangramento é muito pequeno e o tempo de internação acaba sendo reduzido”, assegurou.

Na Urocentro Manaus, a modalidade de cirurgia robótica é feita através de cooperação técnica com profissionais que atuam em unidades de referência de São Paulo, com protocolos atualizados com base em evidências científicas e resultados bastante eficazes, de acordo com o médico.

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