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Conheça a história da primeira atleta de Presidente Figueiredo a ser faixa preta na luta livre

Por Bruce Andrade |
Fotos: Arquivo Pessoal |

No dicionário árabe, existe uma palavra chamada “Maktub”, que significa “já estava escrito” ou “tinha que acontecer”. Essa, talvez seja a melhor explicação sobre o rumo que tomou a vida da lutadora de luta livre e jiu-jitsu, Rebeca Cavalcante.

“A princípio eu queria fazer algum esporte que me ajudasse a me manter em forma e sempre gostei lutas, mas odiava o fato de ter que usar kimono, então iniciei na luta livre esportiva, também conhecida como jiu jitsu sem kimono”, explica a lutadora.

Natural de Codajás, município localizado no interior do Amazonas e criada em Presidente Figueiredo, região Metropolitana do Estado, Rebeca possui atualmente 22 anos, sendo destes, 15 anos dedicados ao mundo da luta. Aos sete anos, começou a praticar a luta livre esportiva, uma arte marcial que mistura técnicas das lutas olímpica, greco-romana, estilo livre, judô e jiu-jitsu. Pouco tempo depois, ingressou no jiu-jitsu com 16 anos e no judô com 19.

Toda essa trajetória de dedicação aos esportes de luta, tem rendido frutos à Rebeca. Atualmente, ela é faixa marrom de luta livre, faixa verde de judô e faixa azul de jiu-jitsu, modalidade na qual é a atual nona colocada no ranking mundial. Além disso, foi duas vezes campeã brasileira de jiu jitsu e luta livre, campeã mundial de luta livre, quatro vezes vice campeã brasileira de luta livre, campeã do amazon open de jiu jitsu e campeã do amazon warrios no gi.

Conquistando o mundo através do esporte

Com um talento nato para os esportes de luta e que vem sendo aprimorado cada dia mais, através dos treinos, Rebeca logo percebeu que ficar restrita à sua cidade, seria uma luta perdida. Portanto, desde os primeiros anos como lutadora, começou a participar de grandes campeonatos, inclusive fora do Amazonas.

Apesar da garra para enfrentar qualquer desafio que apareça pela frente, a atleta precisa enfrentar outros obstáculos tão duros quanto as adversárias no tatame: dificuldades para participar de campeonatos nacionais por conta da distância e os altos custos com transporte, inscrição dos torneios e estadia. Por conta das competições, Rebeca já morou duas vezes fora do Brasil, tanto em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, quanto em Londres, na Inglaterra. Já no Brasil, a atleta chegou a residir em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.

“O Amazonas já teve diversos atletas bons, com potencial muito grande. Porém, sem incentivo algum, muitos deixaram o esporte. Em Presidente Figueiredo especificamente, tem potencial de sobra pra fazer grandes atletas, mas é necessária uma ajuda maior dos órgãos governamentais”, desabafa a lutadora.

Para conseguir superar as dificuldades, Rebeca conta com a ajuda de patrocínios pontuais antes de disputar as competições e, também, com o apoio do seu “padrinho” na luta, o mestre do jiu-jitsu brasileiro, Renzo Greice.

“Ele é um ser humano incrível e um atleta sem igual. Eu almejo, um dia, conquistar as mesmas coisas que ele dentro do jiu-jitsu”, contou.

Próximos passos

Ainda jovem e com uma carreira promissora pela frente, Rebeca tem se preparado para as futuras competições, mantendo a forma física em Presidente Figueiredo e realizando treinamentos específicos em Manaus.

Além do próprio talento, Rebeca segue alguns princípios básicos para manter seu rendimento sempre alto nível.

“Para performar bem em uma competição, eu costumo ter uma alimentação bem regrada e prescrita por uma nutricionista, além de uma preparação física bem intensa todos os dias”, revelou.

Está em seu radar, o mundial de luta livre da CBLLE, que ocorrerá em fevereiro, no Nordeste. Já mais pro final do ano, ela disputará o mundial de jiu-jitsu, que será realizado no mês de novembro, em Abudabhi.

Quando questionada sobre o quais são suas expectativas para essas competições, a resposta é uma só: “ser campeã mundial na faixa preta”, concluiu.

Aviso aos iniciantes

Para quem deseja ingressar no mundo das lutas esportivas, a atleta tem um conselho que vale ouro.

“Minha dica para quem quer começar nos esportes de luta é: treine firme e jamais dê ouvidos as críticas de pessoas que nunca construíram nada dentro do esporte ou de sua profissão. Procure uma academia e vá, seja feliz. A luta livre, por exemplo, é um esporte maravilhoso e traz benefícios maravilhosos também em qualquer idade que queira começar”, finalizou.

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