Garantido encerra sua apresentação homenageando sua própria história no 56º Festival Folclórico de Parintins

Por  Alexandre Pequeno |
Foto: Raine Luiz |

Em sua última noite de apresentação no 56º Festival Folclórico de Parintins, neste domingo (02), o Boi Garantido fez uma viagem sentimental por sua própria trajetória por meio do tema: “Amor por toda vida!”.

O bumbá iniciou sua apresentação homenageando figuras importantes que fizeram história em sua trajetória: Paulinho Faria e Emerson Maia. Da galera, surgiu a Porta Estandarte Lívia Christina para se juntar ao levantador de toadas Sebastião Jr., o apresentador Israel Paulain e o amo JP Faria que já estavam no solo do Bumbódromo. Em seguida, Valentina Coimbra entra em cena para sua evolução.

O levantador Sebastião Jr. defendeu o item “Toada, Letra e Música” com a toada “Geração Garantido”, do saudoso poeta Emerson Maia.

A primeira alegoria trazida ao Bumbódromo “Romeiros (as) de Nossa Senhora do Carmo”, trouxe toda a religiosidade que o bumbá exalta em suas apresentações com enorme figura da Nossa Senhora do Carmo, padroeira de Parintins cercada por romeiros. Simbolizando a romeira da Baixa de São José, Edilene Tavares, Rainha do Folclore, surgiu trazida por uma garça branca.

Durante celebração indígena, Garantido exclama “nenhuma gota de sangue a mais” por meio da toada “Terra Livre” em apresentação de povos indígenas. Em seguida, Tuxauas entraram em cena.

Como “Lenda Amazônica”, o Boi Garantido fez uma reedição de uma lenda já realizada em 1997 pelo bumbá: “Mapinguari”. O ser enviado por Jurupari surgiu para devastar a floresta e somente a mulher mais valente da aldeia é capaz de derrotá-lo, expulsando da terra o espírito mal. A mulher, a Cunhã Poranga Isabelle Nogueira, surge para salvar seu povo.

Em outro momento de reedição, Garantido traz as tradicionais Tupinambás como “Povos Indígenas”. A cena rememora a época que o bumbá trazia grupos composta somente por mulheres para defender o antigo item “Tribos Indígenas”.

Em seu último ato, Garantido trouxe o “Kamarãpi” como “Ritual Indígena”. No contexto do rito, o poderoso pajé consegue enxergar todas as doenças provocadas pelo kariwa-gafanhoto: os homens que promovem o caos por conta da ganância, devorando tudo o que se vê pela frente. Somente o kampa xamã pode falar a língua das cobras e curar o mundo.

Garantido encerrou sua apresentação dentro do tempo estipulado, 2 horas e 29 minutos.