Janeiro Branco: a importância da atividade física para saúde mental
Por Redação |
Fotos: Mauro Neto/FAAR |
O Janeiro Branco é um movimento criado para conscientização dos cuidados com a saúde mental da sociedade. De acordo com as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicada em 2021, é recomendado 150 a 300 minutos de atividade física para adultos, com benefícios para capacidade cognitiva e diminuição dos níveis de ansiedade e estresse de maneira geral, além de prevenir e ajudar a controlar doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e câncer, que causam quase três quartos das mortes em todo o mundo.
O mês de janeiro foi escolhido porque é nele que as pessoas estão mais focadas em resoluções e metas para o novo ano que se inicia. Lançado pelo Governo do Amazonas, o Programa+ RespirAR une fisioterapia e atividade física como ferramenta para a melhoria da saúde pública, proporcionando atendimentos para pacientes que se recuperam das sequelas da Covid-19, muitos desses com sequelas neurológicas.
Mais de 50% dos pacientes que se tratam no +RespirAR, chegam no programa com a saúde mental afetada, entre os sintomas estão o estresse, ansiedade, transtorno do pânico, angústia, preocupações e nervosismo. Com base nas diretrizes da OMS, o profissional de educação física Matheus Câmara Monteiro, integrante do núcleo científico do +RespirAR, destaca a importância da atividade física na evolução do quadro dos pacientes.
”Muitos dos pacientes chegam com sequelas mentais por conta da doença, com sintomas de depressão, até mesmo dificuldade de interagir. E, nosso principal objetivo por meio da atividade física é devolver a qualidade de vida, trabalhando o corpo e a mente que por meio dos exercícios é perceptível a evolução, além da liberação de serotonina, endorfina, hormônios responsáveis pelo bem estar contribuindo para saúde mental”, ressaltou Matheus Câmara, educador físico do núcleo científico do +RespirAR.
Carlota Santiago, de 62 anos, que precisou enfrentar as consequências de ter contraído o vírus, ressalta a importância da atividade física para sua saúde mental. “Com as sequelas da covid além das dificuldades pulmonares, tive sintomas de depressão, não tinha ânimo de sair de casa. E, por meio das atividades físicas que realizo no +RespirAR minha saúde mental mudou por completo, sou mais alegre, tenho mais qualidade de vida e com os exercícios cuido do corpo e da mente”, comentou Carlota Santiago.
“Estaremos sempre desenvolvendo políticas públicas para que a sociedade saiba os cuidados com a saúde mental. Já são mais de 30 mil amazonenses que receberam alta por meio do +RespirAR, e nossa missão é que cada vez mais pessoas possam conhecer esse programa que vem proporcionando qualidade de vida”, ressaltou Jorge Oliveira, diretor-presidente da Faar.
Com reconhecimento internacional com a visita da OMS, o +RespirAR funciona em 10 pontos da cidade de Manaus, o programa atende pacientes nas Policlínicas Antônio Aleixo, Codajás e João dos Santos Braga, nos Centros de Atenção ao Idoso (Caimis) Ada Viana e o André Araújo, nos Centros Estaduais de Convivência da Família (CECFs) Padre Pedro Vignola, Magdalena Arce Daou e Teonízia Lobo, o Centro Estadual de Convivência do Idoso (Ceci) Aparecida e na Vila Olímpica de Manaus.