Maternidade da Zona Leste de Manaus ganha albergue para mães de recém-nascidos
Por Redação |
Foto: Rodrigo Santos/SES-AM |
Foi inaugurado nesta quarta-feira (04), o albergue da Maternidade Ana Braga, localizada no bairro São José, zona leste de Manaus. O espaço conta com 10 leitos para acomodar mães de recém-nascidos que necessitam permanecer internados por conta da prematuridade ou doenças crônicas, em leitos de Unidade de Terapia Neonatal (UTIn).
O albergue vai atender, preferencialmente, mães que vêm de municípios do interior do estado. A criação do espaço também vai auxiliar na rotação de leitos dentro da maternidade. Mães que receberam alta deixam de ocupar os leitos para se abrigar nos albergues, deixando os leitos vagos para novas pacientes. As mulheres poderão ficar hospedadas na unidade durante todo o tempo de internação do bebê.
“As mãezinhas que têm gravidez de alto risco, partos prematuros. A necessidade de acompanhar seus filhos, alguns inclusive em UTI, e muitas mães não tinham nenhum local para ficar, nenhum parente, e também quando tem parente em Manaus tem de estar se locomovendo, saindo de noite daqui da maternidade. Então, inauguramos esse albergue”, ressaltou Anoar Samad, secretário de Estado de Saúde.
Moradora de Nova Olinda do Norte (a 135 quilômetros da capital), Jackeline Gomes, de 18 anos, aprovou o espaço construído para receber as mães de recém-nascidos. Ela é mãe de João Miguel, de apenas 1 mês, que está internado na UTIn da maternidade.
“Meu filho foi diagnosticado sem o lado esquerdo do coração. Eu peguei alta e tive que ficar indo e voltando. Isso é uma dificuldade muito grande porque é dinheiro todos os dias para ir e voltar, comida também que a gente gasta. Quem é mãe fica preocupada com o filho durante à noite e não poder ver se ele está bem. É muito importante essa inauguração para gente que precisa ficar perto do nosso filho”, disse a albergada.
O albergue é equipado com cinco beliches, uma sala de estar com TV, banheiro adaptado para pessoa com deficiência (PcD) e guarda-volumes. A Maternidade Ana Braga, que se tornou referência no atendimento de grávidas e puérperas com Covid-19, passou por reestruturação interna, para a qual foi necessária a desativação do antigo albergue para a abertura de mais seis leitos clínicos, devido à alta demanda de pacientes nesse período.
“A permanência dessas mãezinhas em um local específico e não exatamente em um ambiente hospitalar, como as enfermarias, ajuda a reduzir o risco de infecção que elas possam levar para os bebês ao manterem contato com eles”, explicou Júlia Lisboa, diretora da maternidade.