
Jornada de Superação: Conheça a história de Antônio Geffter, um jovem TEA que inspira pela música e pela coragem
Por: Erick Sebastião* | Fotos: Pedro Nunes e João Mateus
Morador de Autazes, Antônio Geffter Gomes Pereira, de 16 anos, já carrega em sua história uma bagagem repleta de desafios, descobertas e, acima de tudo, superação. Apaixonado pela música desde a infância, ele encontrou nas melodias um refúgio e uma forma de expressão, tornando-a um símbolo de consciência e sensibilidade sobre o autismo.
Diagnóstico e Redescoberta
Aos 13 anos, após um exame clínico e o encaminhamento para um psiquiatra, foi diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA). “O choque foi grande”, relembra. Ao lado de seus pais, Gerson Gomes e Francília Melo, Geffter enfrentou momentos difíceis após a descoberta. “No começo, eu tinha uma certa vergonha. Cheguei até a gostar de saber que era autista, mas ainda assim foram dias complicados. Tive algumas crises em lugares cheios e dificuldades na escola, especialmente na aprendizagem”, relata.
Hoje, o jovem mostra um amadurecimento notável. Para ele, lidar com as crises envolve estratégias simples, mas eficazes. “Tento não falar nada, ficar quieto, assistir a um filme ou lembrar de momentos bons da vida”.
Campanha e Conscientização
Apesar dos desafios, Geffter vê com bons olhos o aumento da conscientização sobre o autismo. “Infelizmente, o preconceito vem crescendo, junto com informações erradas. Mas algo que me deixou mais confortável foi ver o interesse das pessoas em aprender sobre o assunto”, destaca. Ele valoriza o que chama de “popularização consciente e respeitosa” do tema, sendo uma forma de diminuir o preconceito e trazer mais informação.
Iniciativas como a Campanha “Abril Azul” contribuem significativamente para o cenário, além de ações da prefeitura, do Ministério Adventista das Possibilidades (MAP) e da Rede Adventista de Apoio à Família Autista (RAAFA), que oferecem ajuda à pessoas com essa condição.
A Paixão Pela Música
Sendo extremamente apaixonado pela música desde os 4 anos, onde já cantava na igreja, Geffter a teve como um grande apoio ao longo de sua jornada, sabendo tocar mais de vinte instrumentos atualmente. Para ele, a música tem um papel essencial. “Ela é o que define a gente como pessoa. Quando estou tocando, é como se eu me concentrasse só na música, ela distrai meu pensamento e me traz calma”, conclui.
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