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Conheça o projeto psicossocial realizado pelas profissionais Iane Seixas e Yana Aguiar em escolas de Rio Preto da Eva

Por: Iasmim de Moraes Tavares | Foto: Arquivo pessoal

 

 

A assistente social Iane Seixas Rodrigues, 56 anos, e a psicóloga Yana Aguiar da Silva, 32 anos, atuam em conjunto nas escolas estaduais Raimundo Paz e Rio Preto da Eva, oferecendo suporte não apenas aos alunos, mas também a professores e demais funcionários.

Diversos alunos são atendidos diariamente, enfrentando os mais variados tipos de dificuldades. No entanto, os problemas mais recorrentes estão relacionados à negligência familiar.

“Pode parecer algo infantil, mas é um problema real que os nossos adolescentes enfrentam, e eles realmente sentem que foram deixados de lado pela família. De 10 adolescentes que consultamos, pelo menos 8 relatam isso”, afirma a psicóloga Yana, que destaca uma das questões mais presentes entre os jovens.

Além disso, casos de automutilação, temperamentos explosivos, depressão e ansiedade são cada vez mais frequentes. A maior dificuldade enfrentada pela equipe, segundo as profissionais, está na relação com as famílias.

“Para tratar um problema, é preciso chegar à raiz. Se atendemos um adolescente na escola e ele retorna para um ambiente familiar que invalida o que ele sente, nosso trabalho na instituição não será suficiente sem o apoio dos cuidadores”, comenta Yana Aguiar.

“Além disso, o tabu em torno de psicólogos, psiquiatras e instituições como o CAPS precisa ser desmistificado. Esses locais devem ser compreendidos como espaços de acolhimento, e não como ‘lugares para loucos’. Muitos familiares não compreendem isso e acabam impedindo que os adolescentes busquem ajuda”, alerta ainda.

As profissionais também reforçam a importância da colaboração de outros órgãos públicos, bem como de atividades promovidas por igrejas, organizações, comunidades e projetos culturais como aulas de pintura, música e dança.

Segundo elas, essas iniciativas podem contribuir significativamente para resgatar jovens, inclusive daqueles em situação de vulnerabilidade diante do uso de drogas. “Até porque, se a sociedade não cuida, o tráfico faz questão de cuidar”, acrescenta Iane.

Por fim, Iane Seixas e Yana Aguiar deixam aberto o convite para instituições que desejem conhecer o projeto, visitar as escolas e contribuir para transformar a realidade desses jovens.

*Do Projeto Jovens Comunicadores de Rio Preto da Eva 

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