Conheça a história de Juliana Maciel e seu empreendimento de biojoias em Presidente Figueiredo
Por Rodrigo Oliveira* |
Foto: Arquivo Pessoal |
A história de Juliana Maciel, de 48 anos, fundadora da marca Bijuaçu, é um exemplo de superação e reinvenção. Moradora de Presidente Figueiredo, localizada na BR 174, km 126, ramal Brava Gente Vincinal 2, Juliana encontrou no campo a cura para a depressão e a ansiedade, doenças que a acompanharam durante anos, especialmente após o impacto do Covid-19.
Inicialmente, Juliana se aventurou no universo das bijuterias, mas a virada em sua vida aconteceu em 2019, quando, em meio a um período de fragilidade emocional, decidiu se refugiar em um sítio. Foi nesse cenário que ela descobriu a beleza e o poder das biojoias, uma arte que uniu sua recuperação emocional à sua paixão pela natureza.
“Foi durante esse processo de superação que me vi cercada de caroço, sementes e cascas de cupuaçu. Comecei a criar peças com esses materiais e percebi que era isso que eu amava fazer. A natureza me inspirou profundamente e, com isso, surgiu a ideia de fabricar biojoias”, conta Juliana.
O que começou como uma terapia e um meio de se recuperar da depressão, logo se transformou em um negócio. Juliana passou a observar a carência e a necessidade de materiais artesanais em Presidente Figueiredo, o que a motivou a continuar explorando a criação de biojoias. “A cada peça que fazia, me apaixonava mais pelo que estava criando. Hoje, recebo convites para feiras em Manaus e vejo como meu trabalho tem tocado outras pessoas”, comenta.
Trabalhar com materiais naturais tem sido uma experiência única para Juliana, pois ela acredita que as biojoias têm um charme ímpar devido à sua autenticidade e beleza natural.
“A maior vantagem de trabalhar com materiais naturais é mostrar ao mundo a verdadeira beleza da natureza, sem intermediários”, afirma.
No entanto, ela também enfrenta desafios, como a resistência de algumas pessoas em considerar as biojoias como produtos de luxo. “Ainda existe uma parcela de pessoas que não compreende o valor das biojoias. Quando isso acontece, eu busco explicar a origem e o processo de criação de cada peça”, revela.
Sua paixão pela arte começou cedo, aos 11 anos, quando via sua irmã fazer crochê. A partir daí, Juliana desenvolveu o gosto por trabalhos manuais e, com o tempo, se encantou pelas joias indígenas, que hoje são uma grande fonte de inspiração em suas criações.
“Hoje, meu maior prazer é ver meus clientes adorando as peças que faço. Os brincos e colares feitos com sementes e carosos são os mais procurados, mas, na verdade, todas as minhas peças são feitas com muito amor e dedicação.”
O futuro de Juliana Maciel e da Bijuaçu é promissor. Com a crescente aceitação do público e o reconhecimento nas feiras de Manaus, ela almeja expandir seu trabalho e se tornar uma referência no mundo das biojoias. “Meu plano é crescer, ser reconhecida e, a cada dia, trazer novidades feitas com muito amor e sempre com o toque natural das minhas biojoias”, afirma com determinação.
*Do Projeto Jovens Comunicadores de Presidente Figueiredo