Conheça o grupo de carimbó da melhor idade da Associação Mãos Solidárias, de Itacoatiara

Por Jasmin Viana* | Foto: Arquivo pessoal

Na Associação Mãos Solidárias, de Itacoatiara, um grupo de senhoras encontra na dança uma forma de se exercitarem e manter viva uma tradição cultural rica do Norte. As senhoras são auxiliadas por Francinete Pinheiro de Souza, assistente social e coordenadora da oficina da Melhor Idade. Essas mulheres se reúnem nas sextas-feiras para ensaiarem e se prepararem para apresentações que encantam a comunidade.

A oficina da Melhor Idade, criada em 2021, nasceu da necessidade de oferecer um espaço onde os idosos pudessem se sentir acolhidos e ativos. Inicialmente, o grupo começou com apenas 15 inscritos, mas, com o tempo, o projeto fez com que esse número crescesse significativamente. Hoje, o interesse é tão grande que muitos idosos procuram a associação diariamente.

As apresentações do grupo já marcaram presença em eventos importantes da comunidade, como nos arraiais da cidade, nas instituições e também na abertura do rodeio local. “Sempre que recebemos um convite, nos preparamos com cuidado, ensaiamos a música, ajustamos os detalhes, e então, apresentamos com muita alegria”, diz Francinete.

O trabalho realizado na oficina vai além dos ensaios de dança, pois o Carimbó é somente uma das atividades que é ofertado entre muitas. As atividades incluem desde gincanas e bingos até exercícios de coordenação motora e memorização, que são fundamentais para manter a mente e o corpo dos idosos ativos.

Para muitos, a oficina é mais do que um espaço de lazer. “A importância dessas atividades é imensa. Elas oferecem uma oportunidade para que os idosos saiam de casa, interajam e se distraiam. Temos idosos que, mesmo sem condições de participar das atividades físicas, vêm aqui para conversar, e isso já faz um bem enorme para eles”, afirma Francinete.

O sucesso da oficina da Melhor Idade, e em especial do grupo de carimbó, é um exemplo inspirador de como a cultura e o cuidado com os idosos podem transformar vidas. Esse projeto é um testemunho de que a idade é apenas um número, e que o espírito de juventude pode ser mantido vivo.

*Do Projeto Jovens Comunicadores de Itacoatiara