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Mães atípicas de Manaquiri relatam jornada por direitos e acolhimento

Por: Maria Lucila | Foto: Arquivo pessoal |

Criar um filho com Transtorno do Espectro Autista (TEA) exige força, resiliência e apoio constante — algo que muitas mães ainda lutam para conquistar. Em Manaquiri, Daniele Gadelha, 37 anos, e Fran Ramos, 40 anos, vivem essa realidade todos os dias. Suas histórias revelam as dificuldades de acesso ao diagnóstico, os desafios com os serviços públicos e, principalmente, a batalha por respeito e inclusão para seus filhos.

Daniele, agricultora, descobriu o TEA em seu filho aos três anos, quando os primeiros sinais foram notados na escola. A confirmação veio após um ano de consultas no CAPS e atendimentos com psiquiatra e psicóloga. Mãe solo de três filhos, ela enfrentou grandes dificuldades financeiras para acompanhar os tratamentos em Manaus. “Viajava sem dinheiro, deixava meus outros filhos em Manaquiri. O apoio veio da minha irmã e do meu cunhado, que também têm uma filha autista”, conta.

Já Fran Ramos percebeu os sinais ainda na fase de bebê: irritabilidade, insônia e atraso no desenvolvimento. O processo até o diagnóstico completo foi longo, exigindo muitas consultas com psicólogos e neurologistas. Hoje, seu filho Zaion tem apoio de profissionais de saúde e mediadores na escola, mas ela lembra que a luta por direitos ainda é árdua. “A gente é taxada de chata por cobrar. Mas sem nossa voz, nada melhora”, afirma.

Ambas destacam que, apesar do apoio dos serviços de saúde, a sociedade ainda precisa avançar. Para Daniele, é essencial haver mais assistência para as mães atípicas. Fran defende uma inclusão verdadeira, que vá além do discurso. “Mais acolhimento às mães que estão sobrecarregadas e mais conscientização sobre o autismo”, destaca.

Para outras mães que passam pela mesma situação, os conselhos são claros: “Procurem ajuda, não desistam. O tempo é essencial no tratamento”, diz Daniele. Fran complementa: “Empoderem-se, estudem sobre o autismo. Toda hora é hora para acolher, tratar e respeitar”.

*Do Projeto Jovens Comunicadores de Manaquiri

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