Da sala de aula à gestão: a inspiradora jornada de Júlio Cruz Rosa na Educação de Iranduba
Por Murilo Andrade* |
Fotos: Arquivo pessoal de Júlio |
Júlio Cruz Rosa, de 63 anos, é um educador com uma trajetória impressionante e um profundo compromisso com a educação. Com uma carreira de mais de uma década como professor, ele leciona Língua Portuguesa, Filosofia, Sociologia e História. Para Júlio, a educação não foi uma escolha consciente. “Quando me deparei, já estava lecionando”. Mas essa descoberta o levou a uma vida de serviço educacional que transformou a vida de muitos.
Ao longo dos anos, Júlio enfrentou diversos desafios, especialmente a rápida evolução tecnológica que impactou profundamente as metodologias de ensino. “Essas mudanças impactaram muito no trabalho do professor e do aluno”, comenta.
Mesmo assim, ele permaneceu resiliente, adaptando-se às novas exigências do ensino moderno. Um dos aspectos mais gratificantes de sua carreira é reencontrar antigos alunos, alguns de 20 anos atrás, que o agradecem por sua influência positiva em suas vidas profissionais.
Um dos temas que Júlio destaca é a desvalorização do professor na sociedade atual. “Os professores hoje têm que fazer de tudo um pouco e ser adaptáveis”, afirma, ressaltando a importância vital da educação para qualquer sociedade. “Nenhum lugar no mundo sobrevive sem educação”, acrescenta, reforçando sua crença no poder transformador do ensino.
Além de sua experiência em sala de aula, Júlio também desempenhou um papel crucial como gestor educacional. Ele serviu como gestor em duas escolas: uma escola estadual no Castanha e a Escola Cecília em Iranduba, onde encerrou sua última gestão. Para Júlio, a experiência como gestor foi tanto um “emagrecimento” quanto um “enriquecimento de conhecimento”. Ele descreve a função como um papel que exige uma visão macro de toda a escola, englobando desde o ensino até a gestão de recursos, infraestrutura e relações humanas.
Júlio ressalta que ser gestor não é mais apenas uma questão de ocupar um cargo; é sobre gerenciar ativamente uma instituição educacional. “Hoje, a escola é um conjunto de gerenciamento de funções”, explica, destacando a necessidade de estar preparado para lidar com as diversas demandas que chegam à escola, desde convênios com a saúde até a segurança e o esporte. Embora tenha aprendido muito com essa experiência, ele está em fase de aposentadoria e não pretende mais assumir a gestão de escolas. “Fiz o que deveria ter sido feito, melhorei a escola e trouxe um bom rendimento”, reflete Júlio, orgulhoso das melhorias alcançadas sob sua liderança.
Atualmente, Júlio trabalha na Escola de Tempo Integral CETI Maria Isabel, em Iranduba, onde atua como coordenador de aula. Ele desempenha um papel fundamental na sala de pedagogia, coordenando professores e alunos e contribuindo para o trabalho pedagógico da instituição. Com o ciclo de gestão encerrado, Júlio continua a impactar a educação de forma significativa, levando consigo as valiosas lições aprendidas ao longo de sua carreira. “Só tenho a agradecer pelo privilégio que tive para servir como gestor”, conclui, expressando gratidão pelo caminho que percorreu na educação.
*Do projeto Jovens Comunicadores de Iranduba