Coari Comercialização de peixes em Coari possui características próprias; saiba quais

Comercialização de peixes em Coari possui características próprias; saiba quais

Em Amazonas

Culinária

Por Anthony Lopes* |
Fotos: Anthony Lopes |

Uma pesquisa publicada no Brazilian Journal of Development revela informações valiosas sobre a comercialização de espécies de peixes em Coari. O estudo aponta uma diferença significativa na comercialização das espécies conforme a sazonalidade, notadamente durante os períodos de vazante e enchente das águas do rio Solimões.

Durante a vazante, as espécies mais comercializadas são: Bodó, Pacu, Tambaqui, Sardinha, Jaraqui, Curimatã, Tucunaré, Matrinxã, Aracú, Jatuarana, Pirarucú, Piranha, Aroanã, Pirapitinga e Acará-Açú. Já no período de enchente, as espécies mais disponíveis e procuradas pela população são: Jaraqui, Tambaqui, Bodó, Curimatã, Pacu, Pirarucú, Aroanã, Acará-Açú, Tucunaré, Sardinha, Bodó, Branquinha, Surubim, Jatuarana, Piranha e Traíra.

A composição e quantidade das espécies variaram conforme o tamanho e a disponibilidade relacionada à sazonalidade. Além disso, os preços dos pescados também apresentaram variações significativas de acordo com a espécie e o tamanho. Por exemplo, o Tambaqui pequeno variou entre 20 e 30 reais por unidade de 2,5 kg e entre 80 e 170 reais para pesos em torno de 12 kg. Já o Pirarucu teve seu preço máximo por quilo atingindo 15 reais e o mínimo em 10 reais ao longo das observações.

Destaca-se ainda que a oferta de pescados diminui durante os meses de julho e agosto devido à vazante das águas do rio Solimões. O “escurão de julho”, período em que a captura dos peixes diminui significativamente, interfere na quantidade e variedade das espécies disponíveis para comercialização.

Esses dados evidenciam a riqueza da cultura pesqueira em Coari e sua influência positiva na economia local. Além disso, ressaltam a importância da preservação ambiental e da sustentabilidade na exploração desses recursos naturais para garantir a continuidade dessa atividade econômica e o equilíbrio dos ecossistemas aquáticos na região amazônica.